Carolina Herrera - Especial

Carolina Herrera é sinônimo de elegância. Nunca ninguém usou uma camisa branca tão bem como ela. Não à toa, a camisa branca é um dos mais fortes ícones de sua marca, ao lado do perfume Carolina Herrera 212.

María Carolina Josefina Pacanins y Niño, mais conhecida como Carolina Herrera nasceu em Caracas, Venezuela, em 1939. É radicada nos Estados Unidos, Nova York, desde 1981.  Quando tinha 13 anos, a avó levou-a a uma viagem à Paris, onde ela descobriu e se encantou com o estilista espanhol Cristobal Balenciaga, que lhe serviria de inspiração no seu trabalho. Aos 25 anos, começou a trabalhar como relações públicas na tradicional Casa Pucci, na Venezuela.

Em toda a década de 1970 e 1980 esteve em todas as listas das mulheres mais bem vestidas do mundo, mas só ingressou no universo da moda aos 40 anos, quando foi convidada por uma amiga, que na verdade era a editora de um significativo veículo de moda dos EUA, para criar alguns vestidos. Carolina estreou então nas passarelas, em abril de 1981, quando lançou sua primeira linha prêt-à-porter confeccionada com justaposição de tecidos distintos oferecidos nos mais diversos tamanhos.

A partir daí ela seduziu a elite feminina, a qual incluía nomes como o de Jacqueline Kennedy Onassis, que vestiu sua filha Caroline com um dos vestidos de noiva de Carolina. Ela continuou a trajar as criações desta estilista por pelo menos 12 anos. Não lhe faltaram outras clientes importantes por todo o mundo.

Suas criações elegantes para o dia e para a noite logo ganharam as araras das mais sofisticadas lojas de departamentos – em especial as camisas brancas, usadas constantemente pela própria Carolina e suas fiéis consumidoras.

Seu império cresceu rapidamente e de forma constante.

Sua marca está dividida em duas grifes distintas, Carolina Herrera New York e CH Carolina Herrera. As criações CH Carolina Herrera  são roupas a que ela chama de “estilo de vida”, que possuem um caráter mais casual e linhas que variam tanto para homens quanto para mulheres e crianças.

Quanto à grife Carolina Herrera New York, nesta encontram-se suas coleções de roupa femininas mais sofisticadas. Nela apresentam-se vestimentas com tecidos, cortes e formas muitas vezes inspiradas na alfaiataria, porém é possível notar a presença de tecidos leves e soltos, frequentemente criados com brilhantes ou trabalhados com alguma técnica diferenciada.

Logo após o seu sucesso no lançamento de coleções de roupas, a estilista decidiu lançar acessórios, como malas, sapatos, artigos de pele e lenços. A primeira loja de sua marca foi inaugurada somente no ano de 2000, na celebrada Madison Avenue, em plena Nova Iorque. Logo após, a marca optou por inovar introduzindo produtos em vários segmentos, inclusive uma segunda linha de roupas e acessórios com preços mais acessíveis ao público consumidor.

Além das noivas e das icônicas camisas brancas, o nome Carolina Herrera é imediatamente associado também ao universo das fragrâncias, setor no qual ela ingressou em 1988. Sua indumentária segue pela vertente clássica e feminina.

Aventurou-se na carreira de perfumes no ano de 1988 com o nome de Carolina Herrera.

O perfume nasceu em um evento em Nova Iorque, cidade eternamente ligada a designer. Caminhando entre convidados, Carolina Herrera passou perto de Don Mariano Puig, Diretor da empresa de perfumaria espanhola Antonio Puig, que percebeu um aroma de grande personalidade e perguntou a sua origem.

Ela explicou que não se tratava de nenhuma fragrância, senão de um resultado experimental com óleo e essências de jasmim e nardo (cravo), flores muito presentes em recordações de sua vida na Venezuela. Dois anos depois, a difícil tarefa de traduzir um universo emocional em uma fragrância resulta no lançamento do primeiro perfume Carolina Herrera.

Só com as fragrâncias Carolina já conquistou, no Brasil, R$ 20 milhões. Mas a estilista nutre a mesma paixão por seus trajes, na criação dos quais ela ainda atua em todas as etapas, do projeto no papel à escolha das cores. Ela considera importante completar o uso de sua indumentária com os perfumes, mesmo porque as mulheres que não têm acesso as suas roupas podem pelo menos adquirir uma fragrância.

A criação de sua primeira fragrância aconteceu na intenção de traduzir um universo que de certa forma viesse a emocionar a mulher de alguma maneira. A estilista costuma dizer que o sucesso no consumo de seu perfume deve-se ao fato de este possuir “uma combinação do aroma de quem o vende e do marketing”. Afirmando também que todos os perfumes carregam uma espécie de imagem ou mesmo identidade que revelam a personalidade, tanto da mulher quanto do homem que os usa.

Em 2008, a estilista e sua filha Carolina Adriana (responsável pelo bem sucedido 212, a primeira fragrância de sua criação) participaram de um jantar em comemoração aos 20 anos da primeira fragrância de sua grife, realizado na Casa Fasano, em São Paulo. A celebração foi acompanhada por uma mostra de vestidos e perfumes lançados pelas marcas Carolina Herrera e CH Carolina Herrera.

A estilista explicou o porquê da escolha do Brasil, e principalmente São Paulo para essa celebração: “Escolhi lançar a exposição em São Paulo, porque o perfume tem sido um hit (de vendas) aqui por 20 anos”, disse a venezuelana. A exposição ocupava a primeira sala do espaço, alugado para eventos de luxo. Textos contavam a história de cada fragrância, com sua inspiração e descrição das notas, ao lado de pôsteres das campanhas publicitárias, dos produtos em suas diferentes embalagens ao longo dos anos.

Ainda no ano de 2008, ganhou o prêmio Geoffrey Beene pelo conjunto de sua obra do Conselho de Estilistas da América.

Em 2011 desenhou o vestido de casamento para Bella Swan, para o filme A Saga Crepúsculo: Amanhecer - parte 1. Longo, de mangas compridas, o vestido é  feito de cetim e renda francesa Chantilly, que aparece nos punhos nas costas, e leva 17 botões em cada manga, mais outros 152, usados para fechar o vestido na parte traseira. Para combinar, sapatos de salto alto com enfeite brilhante Manolo Blahnik.

Herrera é casada com Reinaldo Herrera Guevara, um editor da revista Vanity Fair, com quem tem duas filhas.  Ela era casada anteriormente com Guillermo Behrens Tello, com quem tem duas filhas também. Suas filhas são Mercedes, Carolina, Ana e Patricia.

Carolina Herrera gosta muito de ler, ir ao cinema e curtir a família.