Enfim
encontro tempo para falar um pouco sobre o Vitória Moda 2013 – Verão 2014.
Dessa vez,
tive a experiência de participar como Imprensa e como Expositor, pois estou
prestando serviço para a Public Boy, onde respondo pela área de Comunicação e
Marketing.
Devido às
recentes manifestações vindas das ruas, o Governador do ES, Casagrande, não
enviou a Primeira-Dama, D. Virgínia, que sempre comparecia ao evento nos anos
anteriores. O s demãos representantes do Estado, do Findes, Sebrae, estavam lá
e, como saíram antes da palestra do Lino Villaventura, tomaram um bom puxão de
orelha pela falta de consideração ante um dos maiores nomes da moda brasileira,
com projeção internacional.
Mas foi a
organização do evento a responsável pelo furo, pois planejou a visita das
autoridades à feira no mesmo momento da palestra do Lino.
Gostaria de
destacar o Talk Show comandado pela sempre competente Betty Feliz. Nomes da
terra contaram um pouco de suas experiências e falaram de projeções para o
cenário da indústria da moda no ES. Uma notícia que adorei foi a de que dentro
de um prazo estimado de 2 anos, Vila Velha terá um Centro de Moda nos moldes do
Cetiqt do Rio.
Enquanto
isso, nos estandes... desilusão.
Ouvi de
expositores que essa é a primeira e última edição que participa. O público
comprador era, em sua maioria, desqualificado para ser chamado de tal nome.
Nos
estandes, destaque para a Duass (belas roupas e acabamento), Índia Mauês
(acessórios vindos de Manaus), Osmoze, com seu estilo periguete na balada, mas
sem vulgaridade, antes, com muitos brilhos e sensualidade. Uma sensualidade
brasileira, que gosta de mostrar o corpo, expor pele mesmo, não só silhueta.
Aliás, não
tem moda mais brasileira do que o estilo periguete. Não se vê igual em nenhum
outro lugar do mundo, talvez apenas paralelo no hip hop norte americano.
Importante
falar do estande da Public Boy, que, tenho que falar, vem se renovando e está
com uma coleção Alto Verão lindíssima.
Camisa em sublimação digital.
Lançamento de camisetas femininas.
Tendência étnica / Preto e branco
Um ponto a
destacar foi a cobertura desmilinguida do evento por parte da imprensa capixaba.
Nem uma notinha em A Tribuna e na gazeta, um cantinho de coluna no jornal e o
restante, apenas nas colunas sociais (que fez em o seu papel), mas uma
indústria tão importante como é a do vestuário, merecia ter muito mais espaço.
Acho triste isso. É a tal
#vitorinhadepre.
Não pude
assistir os desfiles da quarta. Fui nos da quinta-feira. Marcí, Verônica
Santolini, Vestígio e Missbella, foram mais do mesmo, com muita estamparia
tropical e modelagem parecida. Todas as roupas comerciais e bonitas. Mas se
vale uma dica, fique com a do Lino Villaventura e Victor Dzenk: sejam mais
autorais. A moda capixaba precisa se diferenciar para se projetar.
Vestígio.
Missbella
Nesses
desfiles, duas peças me chamaram atenção: um short jeans da Vestígio de cintura
alta com bolso maior no bumbum e as batas da Missbella e suas mangas com
lindíssimos babados/ jabô. Eu quero.
O desfile
top do evento foi sem dúvida, o da Konyk. Super conceitual, belíssimo, um orgulho
para os capixabas.
E a
diversidade? Onde foi parar? Nas passarelas é que não foi.
Pudemos ver
algo de diversidade na exposição do primeiro piso, com Jacqueline Chiabai e
tantos outros que produzem moda a partir de materiais diversos e inusitados.
E uma coisa
boa de ver foi a exposição de Barbies, comandada por Josué Vasconcelos. Linda,
caprichada, que viagem gostosa através da História da Moda...
Nos
bastidores, gente bacana como Karina do Findes, que comandou a Exposição de
Looks Findes/Sebrae, onde a Public Boy e outras marcas desfilaram. Presença de
Neymara Carvalho, convidada da Public Boy, Léo Costa, dos meninos do grupo de
hip hop Vila Velha Força Break, que se apresentou no intervalo dos desfile s e fez
uma performance no desfile da Public Boy, ali sim, se viu a diversidade. Mais
gente bacana circulou por lá: Betty Feliz, Adriana Jenner, Marcia Heringer,
Gabi King, Ivan Aguillar, Vitor da Bendita Seja, Rebeca e Cinthia Duarte,
Silvinha, Jacqueline Chiabai, Josué Vasconcelos, Magali Magalhães, Jace
Theodoro de chapéu verde (pura diversidade), dentre outros nomes top.
Grupo de hip hop
A próxima
edição deve ser pensada em novos moldes, como mais brilho do que esta, de forma
que mostre cada vez mais os talentos da terra ao mundo, trazendo realmente
novas possibilidades de negócios para uma indústria em crise.
Até!
Mônica Boiteux